O carnaval 2018 teve a marca da crítica política. Na avenida, várias escolas de samba apresentaram enredos críticos. A Paraíso do Tuiuti, vice-campeã do carnaval, fez um desfile sobre a escravidão no Brasil, encerrando sua passagem com uma analogia aos dias de hoje, criticando a reforma trabalhista e representando Temer como um vampiro. A Beija-Flor, campeã, relembrou os escândalos de corrupção, encenando a imagem dos guardanapos da cabeça, simbólica da corrupção no governo de Sérgio Cabral, mencionou os escândalos envolvendo as empreiteiras e utilizou uma alegoria para denunciar a xenofobia, o machismo, o racismo e a homofobia. A Mangueira protestou contra Crivella, apresentando-o como Judas e denunciando veemente sua política de ataques à cultura popular e ao carnaval.
Nas ruas não foi diferente. Inúmeros blocos fizeram sambas e marchinhas em protesto contra Crivella, Temer e Pezão. A exemplo do desfile da Mangueira, os tradicionais blocos Simpatia é Quase Amor e Bloco dos Barbas apresentaram sambas com críticas ao prefeito do Rio de Janeiro.
Durante os desfiles, a arquibancada por diversas vezes entrou gritos contra Temer e Crivella. O mesmo se repetiu nos blocos de rua. O SINTUFF fez parte desse processo. Durante a passagem do Cordão da Bola Preta (10/2), com um samba contra a Reforma da Previdência que viralizou nas redes sociais, nosso sindicato distribuiu bolas, faixas e estampou no céu um enorme balão com dizeres contra Temer e a Reforma da Previdência, assim como entregou milhares de ventarolas com a letra do samba. No sábado das campeãs (17/2), o SINTUFF distribuiu mais bolas nos arredores do sambódromo, novamente com grande adesão e repercussão.
Para manter firme a luta contra a Reforma da Previdência, o SINTUFF estará junto aos demais sindicatos e movimentos sociais nas ruas neste dia 19/2, 16h, na Candelária. Uma assembleia está marcada para quinta-feira (22/2) para organizar a luta contra a reforma e fortalecer a campanha salarial.