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Plenária da FASUBRA desaproveita oportunidade na campanha salarial


Nos dia 2, 3 e 4 de março, em Brasília, a Plenária Nacional da FASUBRA reuniu mais de 160 delegados, das diversas universidades brasileiras. O principal objetivo da plenária era a campanha salarial, analisar as reuniões com o governo, a conjuntura após o recuo da Reforma da Previdência, quais as pautas a apresentar para negociação e quais ações políticas para pressionar o governo.

Diante da inicial falta de proposição da direção da FASUBRA, delegados do SINTUFF juntamente a outros representantes da UnB, UNIFESP, UFAL, UNIRIO, UFRJ e UFRRJ apresentaram a seguinte proposta:

1) Exigir das demais categorias de servidores federais a construção de uma greve unificada do funcionalismo para obrigar a negociação salarial. Essa greve deveria ser indicada de imediato, pois as últimas reuniões com o governo e a PEC 55 mostravam que Temer não iria apresentar nenhuma proposta de reajuste, e ainda pretendia atacar a carreira do funcionalismo.

As lutas de 2017, a greve da categoria e o forte desgaste do governo levaram Temer a arquivar (por enquanto) a Reforma da Previdência. Sendo assim estava comprovado que se com uma forte greve é possível obrigar o governo a negociar salário.

2) Indicar a construção da greve, cobrando o índice de 25%. Pressionar as demais categorias de servidores federais e se, até o Congresso da Fasubra (inicio de maio), não confirmasse a greve de todo o funcionalismo, a categoria deveria entrar em greve junto com quem estivesse mobilizado.

A maioria da direção da FASUBRA propôs que a federação levasse a mesa uma proposta de reajuste de 21% parcelado em quatro anos, sem indicação de greve e uma pauta concreta de mobilizações.

A pauta apresentada pelas delegação do SINTUFF junto a delegados de outras universidades era:

a) Manter o reajuste de 25%. Indicar greve unificada.

b) Isonomia dos benefícios.

c) Em defesa das 30 horas para todos.

d) Pela Revogação da EBSERH.

e) Em defesa do reposicionamento dos aposentados na carreira.

Após muita pressão, a direção anunciou que incorporaria essa pauta, abriria mão de propor parcelamento, mas não concordava com greve, posição que foi aprovada pela plenária.

Em janeiro de 2017, a maioria da direção publicou uma nota em defesa do Lula ser candidato, alegando que sua condenação era mera perseguição política. A delegação do SINTUFF juntamente a outros setores minoritários na Federação defenderam que essa publicação fosse excluída. A delegação do SINTUFF seguiu orientação similar a do último Congresso do SINTUFF, que deliberou que o sindicato não presta qualquer solidariedade ao ex-presidente, diante de seus ataques à classe trabalhadora e seu evidente envolvimento com as empreiteiras corruptas. Apesar da solidariedade a Lula ser aprovada pela maioria, muitos setores se manifestaram votando contra essa posição.

Congresso da FASUBRA em maio elegerá nova direção

No começo de maio, em Poços de Caldas, ocorrerá o próximo Congresso da FASUBRA. O SINTUFF tem sido parte de um movimento junto a militantes de diversas outras universidades, que surgiu em contraponto à política de desmonte da última greve por parte dos setores majoritários da direção da FASUBRA. O Congresso é uma oportunidade para impulsionar e ampliar este contraponto, construindo uma direção que seja coerente, não sabote greves, não defenda inimigos de classe envolvidos na corrupção, não manipule informações e respeite as decisões das bases.

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