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Assembleia de Niterói elege mais 36 delegados da UFF ao XXIII CONFASUBRA


A Assembleia Geral do SINTUFF (19/4) para eleger delegados da UFF (Niterói) ao XXIII CONFASUBRA reuniu um total de 356 servidores da universidade, no bandejão do Gragoatá. Com esse comparecimento, a Assembleia ficou apta a eleger 36 delegados. Foram inscritas três chapas. Após as falas de Eduardo Henrique e Cenira (Chapa Em Defesa da Democracia), Pedro Rosa (Chapa FASUBRA Democrática, Transparente, Classista e Combativa), Izabel e Raoni (Chapa Frente Base), nesta ordem, foi procedida a votação.

A chapa mais votada foi “FASUBRA Democrática, Transparente, Classista e Combativa”, composta por integrantes e apoiadores da atual coordenação do SINTUFF, que obteve 218 votos (27 delegados eleitos). A seguir ficou a chapa “Em Defesa da Democracia”, com 53 votos (6 delegados eleitos). A chapa “Frente Base” obteve 25 votos (3 delegados eleitos).

Somando os delegados eleitos em Niterói com os das unidades do interior, o SINTUFF estará representado por uma delegação composta por um total de 49 delegados. O XXIII CONFASUBRA ocorre entre os dias 6 e 11 de Maio, em Poços de Caldas (MG) e reunirá delegações de universidades de todo o país.

Por uma FASUBRA Democrática, Transparente, Classista e Combativa

O resultado da Assembleia de Niterói refletiu o espírito majoritário na categoria e no movimento sindical da UFF, que cobra uma mudança de postura da FASUBRA na condução das lutas da categoria. O SINTUFF vem compondo um campo político, oriundo da última greve, em conjunto com ativistas de diversas outras universidades. Este campo foi fundamental para enfrentar a política de desmonte da última greve, quando os setores majoritários da federação se reuniram no dia 5/12 para encerrar a greve antes mesmo da definição da reforma da previdência. Ironicamente a reunião para desmontar a greve da categoria ocorreu na mesma data que ocorreria a greve geral, desmarcada pela CUT, Força Sindical e outras centrais sindicais. As bases responderam pela continuidade da greve naquele momento, com mais de 30 universidades votando contrariamente à posição da direção da FASUBRA.

Tem sido uma marca da atual direção da FASUBRA enfatizar uma suposta falta de disposição dos trabalhadores em lutar por seus direitos. Esta é a mesma lógica de quem apostou que a aprovação da reforma da previdência era inevitável e que não havia ânimo na classe trabalhadora para se mobilizar e derrotar essa medida. O que se percebeu foi justamente o contrário. Apesar dos vários boicotes das centrais sindicais, em 2017 ocorreram manifestações massivas nas ruas em março, a maior greve geral da história do país em abril e a maior marcha sindical nacional à Brasília de todos os tempos em maio. Em junho, com a desmarcação e sabotagem da greve geral por parte da CUT, CTB, Força Sindical e outras centrais, o governo Temer teve fôlego para aprovar a Reforma Trabalhista. Na FASUBRA da mesma forma, a greve ocorreu desde seu nascedouro a despeito do “desânimo” da direção da federação, sendo encerrada já com o fracasso da Reforma da Previdência de Temer. Fica bem evidente que o problema está nas direções e não no ânimo dos trabalhadores.

Lutas na UFF demonstram que é possível avançar

Na UFF, no final de 2016, foi realizada uma grande greve pelas 30 horas, que teve por resultado sua manutenção e avançou na regulamentação desse direito. Da mesma forma a luta dos aposentados vem mantendo o reposicionamento. A implantação da EBSERH na UFF é um fracasso e existe pressão pública pelo rompimento do contrato. Infelizmente a direção da FASUBRA não dá o devido peso a estas pautas. O SINTUFF e ativistas de base de outras universidades tiveram que batalhar pela centralidade destas pautas na última Plenária da FASUBRA. As lutas recentes no SINTUFF demonstram que estas pautas mobilizam a categoria, com possibilidade de avanços, mais uma vez desmentindo a tese de “desânimo” dos trabalhadores em lutar. A indisposição em tocar as lutas está instalada nas direções e não nas bases.

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