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Foto do escritorSINTUFF

Por biometria, reitoria usa justiça contra o sindicato e assedia servidores por e-mail


Decisão judicial contra o SINTUFF não tem relação com a greve e não pune nenhum servidor

A categoria tem se rebelado contra o ponto biométrico na UFF, atendendo resolução de assembleia. Diante disso, a reitoria busca intimidar os servidores, utilizando o e-mail institucional da UFF para assediar os trabalhadores. O reitor da UFF, Sidney Mello, tenta distorcer os fatos e fazer a categoria crer que será punida devido a uma decisão judicial contra o sindicato. Não é verdade. A decisão judicial em vigor não afeta a atitude individual de cada servidor, ela se refere apenas ao SINTUFF.

Entenda a decisão

O reitor, covardemente e sem dialogar com a categoria, juntando documentos de forma arbitrária, descontextualizada e distorcida, induziu o poder judiciário a erro e conseguiu uma decisão judicial para que o sindicato seja proibido de verbalizar sua posição contrária ao ponto eletrônico. A decisão impõe uma multa diária ao SINTUFF de 10.000 reais, mostrando que o reitor não apenas tenta calar o sindicato, como estrangular financeiramente a organização da categoria, se utilizando de um processo judicial do qual o SINTUFF sequer é parte. Diante de um momento conturbado da história política do país, Sidney Mello ataca a liberdade de expressão dos servidores da UFF, mais uma vez revelando seu caráter autoritário. Não satisfeito em agredir a organização sindical com multa e cerceamento de suas posições políticas, o reitor tentou ainda obrigar judicialmente que o SINTUFF utilizasse seus meios de comunicação para orientar que os servidores fizessem cadastro biométrico.

A forma como a reitoria conduziu esse procedimento praticamente impedia o SINTUFF de expor suas motivações, o que foi feito posteriormente. Em defesa do sindicato e da categoria, o departamento jurídico do SINTUFF explicou à Justiça que o ponto biométrico está sendo imposto de forma autoritária, alterando de forma súbita as escalas de trabalho e sem considerar a realidade dos trabalhadores da UFF. O sindicato ainda expos o fato da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) não cumprir as cláusulas contratuais com a UFF, como agravante da situação caótica gerada na vida dos trabalhadores da UFF no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP).

A decisão judicial não tem nenhuma relação com a greve, nem pune nenhum trabalhador que não fez o cadastro biométrico. O servidor pode exercer seu direito de greve normalmente.

Intransigente e autoritário, reitor é o culpado pela greve

O reitor desmarcou a audiência com o SINTUFF marcada para o dia 3, alegando que a reitoria estava ocupada pelos estudantes, fato que não ocorria mais nessa data: os estudantes haviam sido retirados. O chefe de Gabinete, Mario Augusto Ronconi, presente no prédio no dia 3, se recusou a dar qualquer posicionamento aos servidores. O SINTUFF, na véspera, protocolou documento pedindo a manutenção da reunião e que ela fosse, caso necessário, transferida a outra sala. O pedido foi ignorado.

Na segunda-feira (8/10), cerca de quinze servidores do Comando de Greve estiveram no prédio da Reitoria para protocolar documento reiterando a marcação de uma audiência e tentar abrir negociação. O vice-reitor Antônio Claudio estava presente e não quis atender o sindicato. O chefe de gabinete apenas assinou o recebimento do ofício, mas não deu nenhuma resposta objetiva. Ronconi disse que o reitor Sidney Mello retornará à UFF no dia 16 e que apenas ele responderá a solicitação do sindicato. Indagado sobre a presença de Antonio Claudio, Ronconi deu o recado de que ele não receberia os servidores, pois quem cuidará desse tema é o atual reitor.

Lamentável que um reitor eleito, a pouco mais de um mês de ser empossado, que fez a promessa de defender “radicalmente” as decisões da comissão paritária das 30 horas, usando isso como mote de sua campanha junto aos servidores, se recuse a dialogar com o sindicato. Diante da decisão judicial, o SINTUFF segue expressando a defesa das 30 horas para todos, decisão que cabe exclusivamente ao reitor, permanece questionando as mudanças na escala de trabalho, segue questionando o ponto biométrico e a forma autoritária e conflituosa como o mesmo está sendo implantando. O SINTUFF tentou dialogar de todas as formas, mas o reitor sistematicamente se recusa ao diálogo. Não podemos nos intimidar com os ataques de uma reitoria que comete estelionato eleitoral e descumpre acordos. Agora é greve!

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