Os técnico-administrativos da UFF entraram em greve devido à falta de palavra e estelionato eleitoral do reitor Sidney Mello e do reitor eleito Antonio Claudio, que utilizaram o acordo sobre a jornada de trabalho dos técnico-administrativos para angariar votos entre os funcionários efetivos da UFF. Passada a eleição, Sidney Mello rompeu esse acordo, alegando controvérsias jurídicas –comprovadamente inexistentes – com o Tribunal de Contas da União (TCU). Numa eleição extremamente acirrada, a mentira de Sidney Mello e Antônio Claudio foi decisiva para o resultado da eleição. Diante da intransigência e falta de diálogo do reitor, somente restou aos trabalhadores exercer o seu direito de greve. E a greve envolve também paralisar o bandejão. Isso causa transtorno aos estudantes, mas é preciso que, além de compreensão política e solidariedade, o corpo discente saiba os problemas que envolvem o restaurante universitário, os quais o SINTUFF e os servidores têm sido aliados permanentes do segmento estudantil. O bandejão já esteve fechado por meses pela própria reitoria. Já houve casos graves de comida estragada, os quais o SINTUFF esteve firmemente contribuindo para denunciar. Em 2005, quando o então reitor da época fechou o bandejão e anunciou triplicar o valor, o SINTUFF esteve junto aos estudantes para garantir no Conselho Universitário que, por unanimidade, o valor fosse congelado em R$ 0,70.
Na Rural, a universidade compra quentinhas para os estudantes mais carentes em caso de greve Apesar da greve, a verba destinada ao bandejão segue existindo. Na Universidade Rural, em caso de greve, os recursos usados para manter o bandejão são destinados para compra de quentinhas destinadas aos estudantes mais carentes. No entendimento do SINTUFF, essa deveria ser uma medida adotada de forma automática pela UFF quando deflagrada greve ou mesmo durante férias e recessos. Queremos apoio dos estudantes para pressionar a reitoria nesse sentido.
Reitoria omite verba de R$ 1 milhão para bandejão no interior O bandejão do Gragoatá é insuficiente para atender o conjunto dos estudantes da UFF, vide as filas gigantescas que se formam. Os bandejões nos outros campi são muito inferiores ao do Gragoatá em capacidade de atendimento. As unidades do interior sofrem com a falta de bandejão. Contudo, por emenda do deputado Glauber Braga (PSOL), foi destinada verba de cerca R$ 1 milhão para construir um restaurante universitário em Rio das Ostras. Apesar das denúncias dos estudantes, o reitor segue sem destinar a verba para essa finalidade. Apesar do transtorno causado pela greve, esses dados comprovam que o SINTUFF é um aliado e não um adversário dos estudantes. A maior ameaça ao bandejão não é a nossa greve, mas os desvios de recursos relativos à assistência estudantil, a falta de condições de trabalho e a falta de compromisso da reitoria em ampliar o bandejão para outros campi. A greve é culpa do reitor, assim como a reitoria tem responsabilidade direta pelos problemas do restaurante universitário. Diante desses fatos relatados, pedimos a solidariedade e apoio dos estudantes à nossa greve. A defesa do bandejão é uma pauta conjunta de todos nós!