Aliados da reitoria, para jogar estudantes contra servidores em greve, tentam vender a ideia de que o bandejão seria um serviço essencial da universidade. Utilizam o caráter social desse serviço para fazer demagogia e tentar obrigar os servidores desse setor a furar a greve.
O que os aliados do reitor não dizem é que o SINTUFF esteve ao lado dos estudantes nas diversas vezes que o bandejão esteve fechado ou ameaçado de aumento de preço pelas gestões da universidade. Também omitem os diversos problemas existentes no bandejão tais como desperdício de alimentos por estarem estragados e falta de condições de trabalho adequadas, problemas estes denunciados pelo SINTUFF.
Para vender a ideia de que o bandejão é um serviço essencial, os aliados do reitor precisam primeiro exigir que exista bandejão em todos os campi, inclusive os do interior.
Reitoria poderia redirecionar verba para quentinhas e garantir alimentação aos estudantes mais carentes
Apesar do bandejão estar fechado, a verba referente ao restaurante universitário segue existindo. A exemplo do que ocorre na Universidade Rural em período de greve, a reitoria poderia encomendar quentinhas para garantir alimentação aos estudantes de menor renda que necessitam do bandejão. Contudo, é difícil esperar isso de uma gestão que, segundo denúncia de estudantes, remanejou recursos da assistência estudantil para suprir outras áreas e se recusa a aplicar a emenda orçamentária que garante 1 milhão de reais para a abertura de um bandejão no polo de Rio das Ostras.
O SINTUFF não é insensível ao prejuízo dos estudantes. A culpa pela greve é do reitor que cometeu estelionato eleitoral e não cumpre o que prometeu acerca da jornada de 30 horas que existe na UFF há mais de três décadas. Já está comprovado que não existe impedimento legal. O SINTUFF segue apresentando como pauta, para unificar estudantes e servidores, que a reitoria garanta por meio de compra de quentinhas a alimentação aos estudantes que mais precisam.