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Foto do escritorSINTUFF

No dia 30/1, ocupar o CUV em defesa das 30 horas e contra o corte de ponto


Mesmo após o fim da greve e a emissão da prévia do contracheque de janeiro sem descontos, a reitoria mantém sua política de intimidar os servidores com ameaça de corte de ponto ou reposição das horas paradas. O reitor agora insiste em pressionar chefias para que listem os grevistas. Além disso, o SINTUFF foi notificado pela reitoria para que apresente uma “proposta do plano de reposição” até o final de janeiro. O sindicato já respondeu ao ofício do reitor requerendo mesa de negociação para tratar do assunto. A posição do SINTUFF será definida em Assembleia no dia 29/1.

Na primeira audiência de negociação da greve (1/11), o reitor havia declarado que não haveria corte de ponto. Antes de segunda reunião (4/12), a reitoria já havia ingressado na Justiça para requerer abusividade da greve, corte de ponto e indenização por supostos danos causados à UFF. O reitor fez essa ação pelas costas dos servidores.

No dia 21/12, o SINTUFF foi notificado com uma liminar que não declarava abusividade da greve, mas ordenava a garantia da manutenção de 70% dos serviços essenciais indicados pela reitoria. A liminar orientava que era prerrogativa do reitor descontar os dias parados, mas em nenhum momento a sentença ordenava o corte de ponto nem punia o reitor e a universidade caso não houvesse desconto.

A decisão liminar foi direcionada ao sindicato e não ao reitor, que em sua argumentação subverte o ordenamento jurídico para criar uma narrativa absurda e incoerente sobre o corte de ponto.

A própria interpretação da procuradoria, utilizada por Antonio Claudio Nóbrega como justificativa, afirmava que o reitor tinha “autorização” para cortar o ponto. Em nenhum dicionário autorização é sinônimo de obrigação. O reitor Antonio Claudio tenta esconder o óbvio: que a intenção e a decisão de cortar o ponto foram opções suas e não de terceiros. Foi o reitor que ingressou na justiça contra os trabalhadores e o sindicato, a liminar só existiu devido a uma iniciativa sua, cujo pleito original da reitoria era muito mais drástico do que a decisão liminar do desembargador Marcelo Pereira da Silva.

Ao entrar na justiça, reitor desrespeitou decisão do CUV

O Conselho Universitário (CUV) aprovou resolução (31/10) para garantir o direito à livre manifestação, assegurando que cartazes da greve não seriam arrancados pela administração, e que não haveria retaliações ao movimento grevista como o corte de ponto. Ao ingressar judicialmente solicitando desconto dos dias parados, o reitor desrespeitou a resolução aprovada pelo CUV.

Antonio Claudio entra negativamente para a história da UFF como o primeiro reitor a requerer judicialmente o corte de ponto e aplicar esse método de perseguição política contra os servidores da universidade. Vai assim desta forma mostrando serviço e afinidade política ao governo repressor e autoritário de Bolsonaro.

Combater a tentativa de dividir os servidores

A Assembleia deliberou que o sindicato reproduza as necessárias informações para combater as manobras seletivas que visam dividir os servidores entre quem terá direito a trabalhar 30 horas e quem não terá. A categoria não aceitará nenhuma resolução que aumente a jornada de trabalho em nenhum local de trabalho. O sindicato, em cada setor de trabalho, em cada unidade, promoverá o enfrentamento permanente às tentativas da reitoria de dividir a categoria em duas jornadas de trabalho distintas.

O sindicato promoverá uma campanha pública para denunciar além do reitor, assessores e chefes que venham a perseguir servidores grevistas com listas para corte de ponto ou punições similares. Caso venha a aparecer corte de ponto no contracheque, o sindicato desde já solicita que os servidores enviem cópia do documento ao sindicato e informem ao SINTUFF o nome do chefe responsável por encaminhar o desconto dos dias. O sindicato proporá que a denúncia contra a política de perseguição do reitor contra a greve seja amplificada através da FASUBRA, das centrais sindicais, das entidades e das lideranças que se solidarizaram durante a greve. O Departamento Jurídico do SINTUFF também promoverá denúncia contra o reitor junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT), através da FASUBRA, por práticas antissindicais, tais como quebra de acordo e ausência absoluta de uma real negociação.

O SINTUFF convoca os servidores a estarem presentes em ato contra o corte de ponto, em defesa das 30 horas, no direito de greve e das demais pautas dos servidores no dia 30/1, 9 da manhã, no Auditório da Geociências.

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