Rio de Janeiro. Foto: Zulmair Rocha
Atos imensos em todo o país deram uma resposta contundente à balbúrdia que é o governo Bolsonaro neste dia 15 de maio. Em constante queda de popularidade, o presidente e seus asseclas resolveram declarar guerra à educação pública com cortes de mais de 30% das verbas de custeio das universidades, escolas e institutos federais, que afetam decisivamente o funcionamento das instituições de ensino, assim como prejudicam a pesquisa e produção científica do país. Utilizando sua rede de desinformação e mentiras, o governo tentou jogar a população contra professores, estudantes e técnico-administrativos. O tiro saiu pela culatra. A população brasileira entende a relevância da educação pública e reagiu em repúdio à medida do governo.
Multidões tomaram ruas e praças de norte a sul do país. No Rio de Janeiro, 300 mil pessoas ocuparam as quatro faixas da Avenida Presidente Vargas. Em São Paulo, 250 mil pessoas tomaram a Avenida Paulista. Em Belo Horizonte, o ato cuja concentração foi na Praça da Estação reuniu 250 mil pessoas ao longo do dia. Em Brasília, Salvador e Belém os protestos reuniram mais de 50 mil pessoas em cada uma dessas cidades. Em praticamente todas as capitais e maiores municípios houve atos que reuniram dezenas de milhares de pessoas. Foi o maior processo de mobilização popular nas ruas do país desde junho de 2013.
Enquanto ataca o direito à aposentadoria e a educação, o governo que não adota nenhuma medida relevante para atacar privilégios. Bolsonaro impõe decretos que intensificam o aparelhamento do Estado e o loteamento de cargos a aliados ideológicos do governo, além de tentar a todo custo restringir e reduzir os mecanismos de transparência.
Os protestos dão fôlego à construção da Greve Geral de 14 de junho, convocada pelas centrais sindicais. A juventude e a classe trabalhadora saem dos atos de 15 de maio entusiasmadas para dar prosseguimento às mobilizações, barrar a Reforma da Previdência e cessar os cortes de verbas da educação.
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