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Foto do escritorSINTUFF

Future-se é privatização e mercantilização das universidades


O Ministério da Educação apresentou oficialmente, na quarta-feira (17) o programa “Future-se”. A proposta amplia a participação de verbas privadas no orçamento universitário. O anúncio acontece no momento que está em curso o corte de verbas das universidades. Segundo a associação que representa os reitores das universidades federais, a Andifes, a medida atinge de 15% a 54% dos recursos que podem ser cortados das universidades federais. O programa aponta incentivar contratos de gestão compartilhada do patrimônio imobiliário da universidade e da União. As reitorias poderão efetivar PPPs, comodato ou cessão dos prédios e lotes. Poderão também criar fundos patrimoniais (endowment), com doações de empresas ou ex-alunos, para financiar pesquisas ou investimentos de longo prazo. Entre outras medidas. O Future-se se baseia em uma série de dispositivos do mercado financeiro. Como fundo de patrimônio imobiliário e microcrédito para startups. Segundo o MEC, o dinheiro será gerido em um “fundo soberano do conhecimento”. O capital privado, além do investimento direto em cada instituição, poderia entrar nesse fundo, de onde seria redistribuído às universidades. Royalties, patentes, parques tecnológicos também aportariam dinheiro nesse fundo. A proposta Future-se é um evidente projeto de privatização e mercantilização das universidades. Recentemente o CONAD aprovou um manifesto denunciando este projeto em Defesa do Ensino Superior, público e gratuito. A implantação deste projeto é a destruição das universidades públicas. O governo Bolsonaro pretende transformar a educação em um negócio empresarial. Cabe aos sindicatos da educação e aos estudantes prepararem assembleias e mobilizações para organizar e fortalecer a Greve Nacional da Educação. Dia 13/8 foi convocado um dia de paralização pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o ANDES-SN já aderiu ao chamado. A CSP-Conlutas, central a qual o SINTUFF é filiado, está impulsionando a convocatória para a Greve Nacional da Educação. O SINTUFF deliberou em assembleia se somar à construção dessa data.

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