Em reunião no Auditório da Fundação Euclides da Cunha (FEC), a reitoria deu informes sobre os temas do Ponto Eletrônico, mudanças nas UORGs e o programa Future-se, do governo federal.
Foi informado que 291 servidores ainda não realizaram cadastro biométrico. A reitoria repassou as listagens aos dirigentes de unidade e, mantendo a prática de assédio moral como prática de gestão, ameaçou repassar ao juiz os nomes desses servidores, em vez de buscar o diálogo e buscar entender as razões dos servidores, procurando resolver internamente.
O sistema do ponto eletrônico inicialmente não tem vínculo com o sistema do governo, podendo as chefias proceder com alterações e justificativas de ausências. Contudo, futuramente o controle será vinculado ao SIAPEnet.
O período entre 22 e 30 de julho será de teste do sistema do ponto eletrônico. A reitoria afirma que durante esse período ainda não haverá punição a quem não bater o ponto.
Decreto do governo extinguiu diversos cargos em comissão e funções de confiança, atingindo a UFF em mais de 300 cargos e funções. O decreto também proíbe UORGs sem chefia e a reitoria tem até 31 de julho para reorganizar toda a UFF no modelo do decreto. Naturalmente, essa realidade atinge em cheio a Norma de Serviço da reitoria sobre a carga horária, já que ela é toda baseada nas UORGs, atrasando os pedidos que já foram feitos. Isso demonstra a insegurança jurídica desta Norma e mais uma vez comprova que a proposta de 30 horas para todos produzida pela Comissão Paritária, e sem interpretações do que não está rigorosamente expresso na lei, era a mais adequada à legislação e à realidade da universidade.
Sobre o Future-se, foi informado que na reunião com o governo não houve nenhum espaço de diálogo, debate ou para esclarecimentos. O reitor afirmou que recebeu por Whatsapp o projeto de lei sobre o Future-se e o repassará por e-mail.
Entidades preparam calendário de luta
Entidades da Educação reuniram-se na sexta-feira 19/7 para debater e avaliar o projeto Future-se e seus impactos nas Universidades e Institutos Federais. Participaram do encontro FASUBRA, SINASEFE, ANDES-SN, PROIFES, FENET, UNE e UBES. As entidades debateram acerca da gravidade da situação atual das universidades. Devido aos cortes implantados pelo governo, algumas instituições podem não funcionar no segundo semestre. O projeto Future-se apresentado pelo Ministro de Educação promove o desmonte do caráter público da universidade. A FASUBRA Sindical informou que deve promover na segunda quinzena de agosto uma plenária da categoria para avaliar o movimento conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação e de outros setores, além de estudantes e movimentos sociais. O calendário definido foi reforçado pelas Centrais Sindicais em reunião na quinta-feira (18/7) e compreende a luta em defesa da Educação, contra a reforma da Previdência e por mais empregos.
Calendário de lutas aprovado pelas centrais e entidades sindicais: 19/07 a 26/07 – Mobilizações nas bases para preparar o dia 13 de agosto; 29/7 a 2/08 – Pressão nas bases dos parlamentares, nas cidades onde moram, nos aeroportos e Semana Nacional de Coleta de assinaturas para o abaixo-assinado contra reforma da Previdência nos atos e locais de trabalho; 5 a 12/08 – Semana de mobilização com panfletagens, denúncias dos que votaram contra a classe trabalhadora e pressão nos parlamentares em Brasília; 6/08 – Grande Mobilização Nacional: Realizar atos, paralisações e manifestações em Brasília e nos Estados (Capitais e Interior); 13/08 – Dia Nacional de Mobilização, Paralisações e Greves, em defesa da Educação e contra a reforma da Previdência (Capitais e Interior); 14/08 – Incorporar a Marcha das Margaridas e a Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília.