A reitoria da UFF mantém sua escalada agressiva de perseguição aos servidores técnico-administrativos. Durante a sessão de dezembro do Conselho Universitário (CUV), após questionado pelos servidores presentes, o vice-reitor Fabio Passos informou que estão sendo encaminhadas as notificações para o corte do reposicionamento dos aposentados. As perdas salariais podem ultrapassar a casa dos mil reais na remuneração. O SINTUFF foi até o Departamento de Administração de Pessoal (DAP) verificar a situação e lá informaram que está sendo preparado o corte para o próximo pagamento. A reitoria não mostrou até o momento nenhuma ordem judicial ou qualquer documento que justifique a adoção de uma atitude tão drástica e violenta como esta.
Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a reitoria cortou o reposicionamento por força de uma decisão judicial. Na sentença, o juiz afirma que o prazo decadencial de cinco anos para questionamento ainda não havia vencido e dessa forma efetuou o corte. Na UFF já se passaram muito mais que cinco anos, o prazo de questionamento já está amplamente vencido, não existe nenhuma ordem judicial para que se faça esse corte. Inclusive, aposentados que pleiteiam correções após o prazo decadencial não as conseguem, mas a recíproca na UFF não é verdadeira.
A reitoria promove essa verdadeira covardia contra servidores aposentados, na sua grande maioria em idade avançada, de forma maldosa, covarde e sem absolutamente nenhuma necessidade, tendo em vista que poderia utilizar o instituto da decadência em favor dos técnico-administrativos aposentados para manter os rendimentos de trabalhadores que dedicaram décadas de suas vidas à universidade.
O sindicato convoca aposentadas e aposentados a comparecer à reitoria na próxima segunda-feira (9/12), 9 horas da manhã, para cobrar que a reitoria recue nessa medida e que seja entregue ao sindicato a documentação para que o Departamento Jurídico possa tomar medidas judiciais caso a reitoria insista nessa postura absurda.
Convocamos também aposentadas e aposentados a comparecerem à primeira sessão do CUV em janeiro (8/1, 9 horas, Geociências) para pressionar por uma resolução no Conselho Universitário que obrigue a reitoria a recuar nos cortes.
Foto: Jesiel Araujo