Fonte: CSP-Conlutas
5º Congresso da CSP-Conlutas, entre os dias 7 e 10 de setembro, reuniu cerca de 1.500 participantes em São Paulo e foi marcado por importantes discussões desenvolvidas em plenárias, grupos temáticos, painéis, votações e atividades culturais. O Congresso aprovou um plano de lutas para o próximo período e reafirmou a independência de classe da Central frente aos governos e patrões, algumas semanas após a aprovação (21/8) do Projeto de Lei Complementar (PLP) 93/2023, o “novo” arcabouço fiscal.
O marco fiscal do governo Lula-Alckmin mantém a lógica do ‘teto’ de gastos (Emenda Constitucional 95) e estabelece amarras ao Orçamento ainda mais severas, pondo em risco inclusive os reajustes de servidores públicos. No decorrer do congresso, o “novo” arcabouço fiscal foi criticado por se tratar de um ataque à classe trabalhadora e à população pobre, que mais dependem dos serviços públicos.
Para travar o enfrentamento às medidas que intensificam a precarização das condições de vida da população, o plano de lutas indicou a construção da unidade de ação e da Frente Única da classe trabalhadora para derrotar a PEC 32/2020, que Arthur Lira (PP) pretende votar ainda esse ano; o marco temporal que deve voltar à pauta do Supremo durante o mês de setembro; a revogação das reformas trabalhista e previdenciária; e outros ataques que prejudicam os serviços públicos, dificultando até mesmo a recomposição das perdas inflacionárias no salário.
Durante o congresso foi ressaltado também o perfil sindical, popular e internacionalista da Central. O SINTUFF, filiado à CSP-Conlutas, participou do congresso com uma delegação de 11 delegadas e delegados, eleitos em Assembleia da categoria.
Delegados elegem nova Secretaria Executiva da CSP-Conlutas
A eleição para a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas iniciou a programação do último dia do 5° Congresso, neste domingo (10). Foram inscritas cinco chapas para a SEN e seis pessoas para o Conselho Fiscal.
Segundo as regras do novo estatuto, aprovado pelos delegados (as) no sábado (9), a composição da Executiva é com base no critério da proporcionalidade direta e qualificada dos votos obtidos pelas chapas concorrentes. As chapas inscritas tiveram o direito a 5 minutos de fala em plenário, antes do início do processo de votação.
De acordo com sorteio, as falas começaram com Atnágoras Lopes, que chamou o voto dos delegados (as) para a CHAPA 2 - Bloco Classista Operário e Popular; Rafael Furtado e Gustavo falaram pela CHAPA 1 – Frente por uma oposição revolucionária ao governo Lula/Alckmin; Diego Vitelo pela CHAPA 4 – Combate Classista e pela Base; Marcela, do Movimento Nossa Classe, pela CHAPA 3 – Fortalecer a CSP-Conlutas como uma alternativa de independência de classe frente à burocracia sindical e, por último, Silvia Letícia, pela CHAPA 5 – CSP-Conlutas democrática, classista e independente.
Cada chapa destacou os desafios e as tarefas para o próximo período, mas um consenso marcou todas as falas: a convicção de que a CSP-Conlutas é única central classista e independente de governos e patrões e da necessidade de fortalecer essa ferramenta de luta da classe.
As principais lutas a serem encaminhadas de imediato pela Central também são consenso: contra o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária que mantém privilégios aos mais ricos; pela revogação integral das reformas trabalhista, previdenciária e do novo ensino médio e o Marco Temporal, além das demais reivindicações da classe que se expressaram nos grupos setoriais e no plano de ação aprovado no 5° Congresso.
Ao final das apresentações, deu-se início à votação em plenário, com votação em urnas, e na sequência a apuração. Foram 817 votos registrados no total.
A Chapa 2, do Bloco Classista Operário e Popular, obteve a maioria dos votos: 613 (75,03%). Na sequência, a Chapa 5 teve 96 votos (11,75%). Em terceiro lugar ficou a Chapa 4, com 48 votos (5,87%); e, na quarta posição, a Chapa 3 teve 43 votos (5,26%). Em quinto lugar, a Chapa 1 recebeu 17 votos (2,08%).
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