O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem raízes profundas na luta das mulheres trabalhadoras do início do século XX. A data remonta a mobilizações operárias nos Estados Unidos e na Europa, destacando-se o protesto de cerca de 15 mil mulheres em Nova York, em 1908, por melhores condições de trabalho e o direito ao voto. Em 1910, a Segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, propôs a criação de um dia internacional de luta das mulheres, uma iniciativa liderada por Clara Zetkin, professora, jornalista e política marxista alemã. Em 1917, operárias russas marcharam contra a fome e a guerra, evento que marcou a adoção do 8 de março como referência global da luta feminista.
Apesar das conquistas históricas, a realidade das mulheres ainda é marcada por desafios estruturais. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa "Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil", revelam que, somando o trabalho remunerado e as tarefas domésticas, as mulheres trabalham, em média, três horas a mais por semana do que os homens. Além disso, persistem disparidades salariais, com mulheres frequentemente recebendo menos para exercer as mesmas funções que seus colegas homens.
No Brasil, a violência de gênero continua alarmante. Segundo levantamento do DataSenado, estados como Rio de Janeiro, Rondônia e Amazonas registraram os maiores índices de mulheres que relataram ter sofrido violência doméstica ou familiar. Em escala global, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que, em 2023, uma média de 140 mulheres e meninas foram assassinadas diariamente por parceiros íntimos ou familiares, totalizando aproximadamente 51.100 vítimas no ano.
8M no Rio de Janeiro
Diante desse cenário, a mobilização coletiva é essencial. O Dia Internacional da Mulher não se resume a uma data de celebração, mas um momento de reafirmação da luta por direitos e igualdade. Somente ocupando as ruas será possível promover mudanças estruturais que garantam justiça e equidade para as mulheres.
O SINTUFF convida para o ato em celebração ao Dia Internacional da Mulher. O evento reunirá trabalhadoras, estudantes e movimentos sociais em um grande ato público.
Ponto de encontro: Candelária, rumo à Cinelândia (Rio de Janeiro)
Data: 10 de março
Horário: 16h
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