Fonte: CSP-Conlutas
Enquanto o número de palestinos mortos e feridos não para de crescer devido à retaliação israelense, dezenas de milhares saíram às ruas neste final de semana para protestar em solidariedade à Palestina.
Na Europa, Ásia, África e nas Américas, diversas mobilizações demonstraram apoio a luta do povo palestino pela liberdade e exigiram o fim imediato do bombardeio que Israel pratica sobre Gaza.
Nos Estados Unidos, foram registrados protestos na capital Washington, no domingo (15), e em outras quatro cidades – Los Angeles, Nova York, Dearborn e Michigan. Em todos eles, o grito era de Palestina Livre, apesar dos EUA serem o maior financiador do exército de Israel.
Na Inglaterra, atos ocorreram em Londres e Manchester. As cidades de Edimburgo e Glasgow, na Escócia, também sediaram manifestações pró-Palestina. Em Genebra (Suíça), Roma (Itália) e Dublin (República da Irlanda), também houve mobilizações no domingo.
Apesar de terem banido atos em defesa da Palestina, Alemanha e França também viram suas ruas se encherem de solidariedade aos palestinos. De forma autoritária, nestes países houve prisões de manifestantes contrários ao genocídio praticado por Israel.
No continente asiático, manifestações ocorreram na Turquia, Yemen, Indonésia, Bangladesh, Sri Lanka e no Japão, onde o ato ocorreu em frente à embaixada israelense, em Tóquio, e os protestantes gritaram “Israel, terrorista” e “Palestina Livre”.
Na África, os atos denunciando os crimes de Israel foram realizados no Egito e em Marrocos. A cidade marroquina de Rabat ficou tomada de manifestantes em solidariedade à Palestina, em um dos maiores atos registrados neste final de semana.
Bombardeio a hospital em Gaza mata ao menos 500 civis
Desde o início da atual ofensiva israelense contra Gaza, os civis que habitam a região não testemunharam um dia tão sangrento quanto a terça-feira (17). Segundo as autoridades de saúde palestinas, o bombardeio de um hospital deixou o menos 500 mortos.
Apesar de, recentemente, ter bombardeado escolas, rotas "seguras" para deslocamento de refugiados, equipes médicas de resgate e um campo de refugiados, Israel cinicamente negou a autoria. No entanto, um dos porta-vozes das forças israelenses chegou a tuitar para que hospitais fossem evacuados, porém apagou a publicação após o massacre.
O Hospital Batista Al Ahli fica na região central de Gaza e estima-se que abrigava milhares de pessoas. A maioria dos civis procura refugiar-se em unidades de saúde, por que o Direito Humanitário Internacional proíbe que estas construções sejam alvos de ataques. Entretanto, em mais um crime de guerra, Israel não respeitou essa mínima regra humanitária.
Israel pratica genocídio em Gaza
Desde o início da ofensiva israelense contra o Hamas, a principal vítima tem sido a população palestina que reside em Gaza. Segundo as autoridades de Saúde palestinas, já são 2.750 mortos, sendo 750 crianças. Os feridos são quase 10 mil. (Esses números são anteriores ao atentado criminoso do Estado de Isreal contra o Hospital Batista Al Ahli)
Um milhão de palestinos já deixaram suas casas no norte de Gaza, fugindo dos bombardeios e da possível invasão por terra do exército israelense. Em 7 dias, Israel despejou 4 toneladas de explosivos, o equivalente a um ano de guerra praticada pelos EUA no Afeganistão.
Cerco continua
O cerco de Israel à Gaza continua, levando a tragédia palestina ao limite. Além de cortar a eletricidade, água e comida, Israel também está bombardeando as chamadas “rotas seguras”, por onde poderiam se deslocar as famílias palestinas, bem como a ajuda humanitária.
No sábado (14), um comboio de civis a caminho do sul de Gaza foi bombardeado. Ao menos 70 pessoas morreram neste ataque, incluindo crianças. O cerco também dificulta a retirada de brasileiros que moram em Gaza.
Atos de solidariedade
Em todo o mundo e no Brasil multiplicam-se os atos organizados em solidariedade ao povo palestino que resiste bravamente em Gaza. Em Porto Alegre (RS), uma mobilização será realizada nesta quarta-feira (18), às 19h, na Rua João Alfredo.
Já na quinta (19), ocorrerão duas manifestações de solidariedade à resistência palestina. No Recife (PE) o ato ocorre às 17h no Parque 13 de maio, já em São Paulo (SP), a atividade será no Largo São Francisco, às 18h.
Em Campo Grande (MS), diversas entidades da classe trabalhadora vão protestar na sexta-feira (20), na Praça Ary Coelho, a partir das 17h. No mesmo dia, haverá vigília pelos palestinos às 20h, em Brasília (DF), em frente ao Museu da República.
No sábado (21), também haverá manifestação contra o genocídio praticado por Israel em Marigá (PR), na Praça da Prefeitura, às 10h.
Uma nova mobilização deve ocorrer na capital paulista no domingo (22), na Praça Osvaldo Cruz (Av. Paulista), a partir das 11h da manhã. A CSP-Conlutas estará presente na linha de frente das manifestações.
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