A primeira rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) de 2024 ocorreu nesta quarta-feira (28). Não houve avanços sobre a recomposição salarial das diversas categorias do serviço público federal e demais pautas reivindicadas pela bancada sindical. O governo, mantendo sua posição desde o final do ano anterior, propôs um reajuste zero para 2024 e um aumento de 9% parcelado em 2025 e 2026 (4,5% em cada ano), o que está muito longe de atender as demandas das categorias e recompor as perdas salariais acumuladas ao longo dos anos, que ultrapassam 53%.
As entidades sindicais têm requerido a equiparação dos benefícios, incluindo os aposentados, a revogação das medidas que afetam os trabalhadores do serviço público e a assinatura de um compromisso para negociar as perdas salariais ocorridas durante o governo Dilma. O governo, por sua vez, justifica a falta de recursos no orçamento para aumentar os salários dos servidores, embora tenha destinado uma parcela significativa do orçamento da União para remunerar o sistema financeiro através da dívida pública. Além disso, em dezembro do ano passado, foi anunciado um acordo de reajuste salarial para os agentes de segurança pública da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com delegados podendo receber até R$ 41 mil, demonstrando que com esforço político o governo consegue destinar recursos ao salário dos servidores.
Durante a reunião da MNNP, as entidades sindicais do serviço público federal se reuniram em vigília nas proximidades do prédio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), local onde ocorreu a mesa de negociação. No encontro com o governo, as entidades reforçaram que não aceitarão reajuste zero em 2024.
Em todo o país, os sindicatos de base da FASUBRA, atendendo o indicativo da federação, estão aprovando em suas assembleias greve a partir de 11 de março. O SINTUFF aprovou greve em Assembleia realizada no dia 5, no Auditório da Faculdade de Economia. O 42º Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) também aprovou a construção da greve unificada.
Fontes: ANDES-SN e SINASEFE
Comments