O mundo parou para acompanhar os eventos protagonizados pela heroica resistência do povo palestino na manhã do sábado, dia 7 de outubro.
A ação “Tempestade de Al Aqsa”, realizada pelas Brigadas de al-Qassam (braço armado do partido Hamas), retomou inúmeros territórios invadidos por Israel.
A ação sem precedentes colocou em xeque o caráter de “indestrutível” até pouco tempo associada ao estado sionista, que de fato trata-se de uma super potência militar financiada pelo governo dos Estados Unidos.
Em comunicado, lideranças dos combatentes palestinos afirmaram que a ofensiva é uma resposta às violações de Israel, que insistentemente desrespeita o Direito Internacional Humanitário.
Em 1948, o Estado de Israel se formou ocupando 78% do território palestino e expulsando 800 mil palestinos e palestinas. Hoje Israel ocupa de forma criminosa e ilegal toda a Palestina e seis milhões de palestinos vivem fora de suas terras na condição de refugiados.
Israel, com a anuência do imperialismo mundial, também promove uma limpeza étnica contra os palestinos e um regime de segregação racial (apartheid) que condena milhões ao tratamento desumano e antidemocrático.
O maior exemplo desta situação condenada internacionalmente é a Faixa de Gaza, de onde partiram os ataques deste sábado, onde ao menos 2,4 milhões de palestinos vivem em uma verdadeira prisão a céu aberto, sem possuir direitos básicos.
A violência perpetuada pelo regime israelense, e o avanço do sionismo nos territórios palestinos, como a criação de cada vez mais assentamentos judeus polarizando a região, tem levado a juventude palestina a reivindicar o direito à terra com mais força e coragem.
Como estes nunca possuíram um dia de paz em suas vidas, muitos veem na luta armada e na “Intifada” (Levante Popular) o caminho para após décadas conquistar a liberdade.
Apesar da palavra terrorismo ter sido repetida inúmeras vezes nas últimas horas, a ação de resistência palestina é legítima e fundada no direito garantido aos povos invadidos de lutarem contra seus agressores.
A mensagem deixada pelos palestinos é de “Basta é basta”.
Por isso, o SINTUFF manifesta toda solidariedade a apoio à heroica resistência palestina, representante legítima do esforço dos oprimidos contra as ações de uma potência colonizadora.
Além de convocar a todos para que demonstrem sua solidariedade, uma vez que Israel promete um novo banho de sangue contra a população civil de Gaza, também é necessário cobrar o governo Lula, que se diz “amigo dos palestinos”, mas se solidarizou com Israel contra o Hamas. A luta do povo palestino é autodefesa, não terrorismo! Como presidente do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil deve deixar sua posição confortável de cúmplice ao regime de apartheid israelense e se posicionar a favor de uma Palestina livre, laica e democrática.
A luta do povo palestino precisa de nossa solidariedade. A CSP-Conlutas convoca a todos os oprimidos e explorados a se manifestarem em unidade. As ações como as desenvolvidas pela campanha do BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) a Israel serão fundamentais.
Também é necessário exigir aos governos de todo o mundo a condenação do regime de apartheid sionista e a ruptura imediata de todos os acordos com o Estado colonial e assassino de Israel, em especial aquele que promove o embargo militar.
Palestina livre do rio ao mar!
Viva a resistência heroica do povo palestino!"
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