Somente em 22 de julho, quatro meses após o início da crise sanitária no país, o Conselho Universitário (CUV) irá se reunir para “Discutir e Estabelecer Critérios para o funcionamento da UFF na pandemia”. A convocação se deu pela mobilização de 1/3 dos conselheiros que assinaram documento, em conformidade com o regimento dos conselhos superiores, convocando uma sessão extraordinária com essa pauta. O SINTUFF apoiou essa convocatória. O sindicato reivindicava uma sessão do CUV com esse caráter há meses. A pauta de caráter amplo permite debate e resoluções sobre calendário acadêmico, ensino remoto, trabalho remoto, adicional de insalubridade, HUAP, entre os diversos temas que afligem os três segmentos e, em particular, nossa categoria.
Deveria ser papel da reitoria garantir que o funcionamento da pandemia fosse debatido no Conselho Universitário órgão máximo de deliberação da universidade. Infelizmente, o reitor age no sentido contrário. Durante os últimos quatro meses, a reitoria se esforçou em obstruir a pauta do CUV com diversos temas burocráticos para bloquear que fosse debatida e deliberada qualquer proposição que tratasse do funcionamento da universidade. Assim a gestão da universidade operou para concentrar todos os poderes sobre as normas de funcionamento exclusivamente nas mãos do reitor, de forma despótica, antidemocrática e sem qualquer diálogo com a comunidade universitária.
É fundamental uma ampla mobilização da categoria para acompanhar, assistir e garantir uma grande visibilidade a esta sessão do Conselho. É necessário manter o engajamento para constranger possíveis manobras da reitoria e seus aliados no intuito de impedir que o CUV efetivamente delibere sobre o funcionamento da universidade.
Por exemplo, no último CUV realizado de forma presencial, em março, foi aprovado que a UFF suspendia as atividades regulares em 18/3, dia de luta e paralisação. Após o CUV, os aliados do reitor convocaram reunião conjunta das Câmaras Especializadas e, de forma arbitrária e irregular, adulteraram o teor da resolução aprovada. A prática de manobrar, atropelar e esvaziar o CUV por parte da reitoria e seus aliados não é um expediente recente. A categoria e a comunidade universitária precisam de máxima atenção para garantir que a sessão extraordinária tenha real validade e avance em nossas demandas.
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