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Proposta de expulsão de palestinos de Gaza é repudiada internacionalmente

Foto do escritor: SINTUFFSINTUFF

Atualizado: 20 de fev.

Palestinos retornam ao norte de Gaza (Foto: Ali Jadallah/Agência Anadolu)
Palestinos retornam ao norte de Gaza (Foto: Ali Jadallah/Agência Anadolu)

Em coletiva de imprensa na terça-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu o deslocamento forçado de mais de 2 milhões de palestinos da Faixa de Gaza, propondo seu reassentamento em países árabes vizinhos. Sua proposta, rapidamente condenada pela comunidade internacional, foi classificada como um ato de limpeza étnica, um crime contra a humanidade que visa desalojar o povo palestino de sua própria terra.


Trump afirmou que a única solução para os palestinos diante da destruição em Gaza seria sua remoção da região, com os Estados Unidos tomando controle do território para transformá-lo em um "paraíso turístico", uma "Riviera do Oriente Médio". Essa retórica revela um projeto genocida disfarçado de desenvolvimento, ignorando os direitos históricos e humanos dos palestinos. A proposta de Trump expõe ainda os interesses capitalistas que, sob o pretexto de reconstrução, visam explorar Gaza como um centro turístico e econômico, sem qualquer respeito pelo povo que ali vive.


As declarações de Trump foram feitas durante a visita de Benjamin Netanyahu aos Estados Unidos. O primeiro-ministro israelense, condenado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, esteve ao lado de Trump, consolidando a aliança entre os dois líderes, que busca aprofundar a ocupação de Gaza e a repressão aos palestinos. Essa aliança fortalece ainda mais o regime israelense, ignorando as normas internacionais e desconsiderando o sofrimento do povo palestino.


Em resposta, o grupo Hamas denunciou a proposta de Trump como um convite ao caos e à instabilidade. A organização reafirmou a resistência do povo palestino, que não permitirá a implementação de planos que busquem forçar sua remoção de sua terra. “Não deixaremos nossas áreas, não permitiremos uma segunda Nakba”, disse Um Tamer, de 65 anos e mãe de seis filhos, à agência Reuters, referindo-se ao deslocamento forçado de 1948, quando centenas de milhares de palestinos foram expulsos de suas casas.


Líderes de países árabes, como Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos, também expressaram seu repúdio à proposta de Trump, alertando que a remoção forçada dos palestinos agravaria ainda mais a situação da região, tornando a paz ainda mais distante. Esses países destacaram que o plano só traria mais instabilidade, prejudicando qualquer possibilidade de resolução pacífica do conflito. A comunidade internacional, por meio de organismos como a ONU, se posicionou contra as declarações de Trump, condenando-as como ilegais e imorais.


A ONU, através de sua relatora especial para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, classificou o plano como "ilegal" e "irresponsável". Ela destacou que a proposta de deslocamento forçado configura um crime internacional, violando os direitos do povo palestino e ignorando sua autodeterminação. A relatora fez um apelo para que o mundo não se cale diante dessa tentativa de desumanização de um povo que já sofre com décadas de ocupação, violência e privação de seus direitos.


A resistência palestina permanece firme. Mesmo diante dos constantes ataques e bombardeios, o povo de Gaza continua a resistir, buscando reconstruir suas vidas entre os escombros e reafirmando seu direito de viver em sua terra. O espírito de resistência não se enfraquece, e a luta por uma Palestina Livre, do rio ao mar, segue inabalável.


Neste contexto, é fundamental que a comunidade internacional amplifique a pressão sobre o regime israelense, por meio de movimentos como o Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). Essas iniciativas buscam isolar Israel politicamente e economicamente, enfraquecendo seu poder militar e econômico, e mostrando apoio ao povo palestino. No Brasil, Lula precisa ir além das declarações e romper todas as relações com o regime sionista, incluindo acordos comerciais e o fornecimento de petróleo que alimenta a máquina de guerra israelense.


A luta do povo palestino não se resume a resistir à ocupação, mas a afirmar seu direito de viver com dignidade e em paz. A pressão internacional e a solidariedade com os palestinos são essenciais para garantir que a Palestina seja finalmente livre, sem a opressão de um regime colonial que busca apagá-la de sua própria história.

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