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Foto do escritorSINTUFF

Um holocausto está em curso na Palestina



Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores do governo brasileiro, o Itamaraty, emitiu um comunicado (1) que condena veementemente o recente massacre ocorrido em Gaza, perpetrado pelo Estado de Israel e conhecido como "massacre da farinha". No pronunciamento, é expresso o profundo pesar do governo brasileiro diante dos disparos efetuados por forças israelenses no Norte da Faixa de Gaza, onde palestinos aguardavam o recebimento de ajuda humanitária. Segundo o comunicado do Itamaraty, através de suas ações e declarações, o governo Netanyahu ultrapassa quaisquer limites éticos ou legais em suas incursões militares em Gaza. A nota ressalta a responsabilidade da comunidade internacional em deter tais atrocidades. É enfatizado que cada dia de hesitação resultará em mais vidas inocentes perdidas. Essas declarações se somam aos posicionamentos manifestados pelo presidente Lula durante sua recente visita ao continente africano.


O mundo foi novamente abalado por este novo massacre, que vitimou civis desarmados e famintos em sua busca por alimento, simbolizado pela tentativa de obtenção de farinha. Este ato é mais uma evidência do genocídio perpetrado pelos sionistas, desmentindo a narrativa de autodefesa de Israel. No Brasil, a comoção gerada levou celebridades a expressarem seu apoio aos palestinos em suas plataformas de mídia social. Este é o momento oportuno para que o Brasil rompa todos os laços com o Estado de Israel.

 

Lula tem razão quando diz que há um genocídio em Gaza


O presidente Lula, durante sua visita à Etiópia, reiterou seu apoio aos palestinos, alinhando-se a discursos anteriores na Liga Árabe e à posição da África do Sul na Corte Internacional de Justiça, em denúncia ao apartheid sionista na Palestina. Essa postura tem gerado reações negativas por parte de grupos sionistas, que atacam tanto Lula quanto representantes diplomáticos brasileiros no Estado de Israel, entre eles setores vinculados ao golpismo de extrema-direita no Brasil. Os ataques contra Lula ecoam a hostilidade enfrentada por defensores da causa palestina, inclusive judeus antissionistas, quando se opõem às políticas genocidas e racistas do Estado de Israel.

 

Está em curso um holocausto na Palestina


As críticas do Estado de Israel às declarações de Lula refletem uma tentativa de minar o apoio internacional à Palestina, especialmente diante das recentes ações militares israelenses, como o ataque ao Hospital Nasser e planos de invasão em Rafah, que geraram ampla repercussão negativa internacional.


Nas últimas semanas, houve um forte movimento global de solidariedade à Palestina, com protestos em diversos países. Enquanto isso, o povo palestino continua sua resistência contra um dos exércitos mais poderosos do mundo, enfrentando uma nova Nakba, que em árabe significa “catástrofe” ou “desastre”. A agressão à população de Gaza guarda fortes traços de similaridade à violência do holocausto promovido por Hitler contra a população judaica na Alemanha, da mesma forma que é análoga ao apartheid, regime de segregação racial que existiu entre 1948 e 1994 na África do Sul.


O hediondo exército israelense está empilhando dezenas de milhares de corpos de mulheres e crianças, sob o pretexto falacioso de combater “terroristas” e se “autodefender”. Mais de 25 mil mulheres e crianças morreram na guerra em Gaza, segundo a primeira estimativa dos EUA, principal aliado do Estado de Israel. A comparação feita por Lula procede e a gritaria sionista nada mais é que uma tentativa de silenciamento da denúncia contra um Estado com práticas fascistas, genocidas e racistas. Até mesmo as estatísticas dos aliados dos sionistas, como os EUA, corroboram que há graves crimes de guerra e humanitários cometidos pelo Estado de Israel, que se encontra cada dia mais isolado e moralmente desmoralizado perante a opinião pública internacional.

 

Romper relações com o Estado sionista de Israel


Esse é o momento do presidente Lula transformar suas importantes palavras de solidariedade ao povo palestino e contra o genocídio israelense em ações mais efetivas. Netanyahu promove retaliação diplomática, sabendo que suas políticas genocidas encontram eco junto à ruidosa extrema-direita golpista no Brasil. O embaixador israelense se reuniu com Bolsonaro e parlamentares da extrema-direita brasileira. A cooperação militar com Israel está vinculada a casos de violência policial no Brasil. Sobram motivos para o rompimento de relações do Brasil com o estado israelense.


Para deter o que Lula corretamente classifica como genocídio, é necessário agir diplomaticamente e cortar laços de todas as naturezas como Estado de Israel. Lula é uma das mais influentes lideranças da América Latina e em organizações internacionais. Seu governo ocupa funções de destaque na Organização das Nações Unidas e nos BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Uma ação direta de Lula teria impacto global, contribuindo para isolar o Estado de Israel. Nesse sentido, é necessário o rompimento de todas as relações diplomáticas, econômicas, comerciais, militares e culturais entre Brasil e Estado de Israel, assim como a expulsão imediata do embaixador israelense que se reuniu com Bolsonaro e a extrema-direita e a adesão formal do governo federal brasileiro às ações internacionais de boicote econômico aos israelenses.

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